ONU ativa ‘Protocolo de Segurança Planetária’ devido à ameaça de impacto de asteroide 2024 YR4.
O asteroide 2024 YR4 disparou alarmes na comunidade científica e entre as agências responsáveis pela defesa planetária. O protocolo é um conjunto de medidas criadas para reagir à possibilidade de um objeto próximo à Terra representar um risco de colisão, mesmo que esse risco seja baixo.
A coordenação entre agências espaciais, governos e cientistas para avaliar a ameaça inclui definir estratégias de mitigação e manter a população informada. Mas isso não significa que o impacto é inevitável, e sim que as autoridades estão tomando precauções e coletando dados mais precisos sobre a trajetória do asteroide 2024 YR4.
☄️ We aren’t just waiting for an asteroid to strike. We are taking active measures to help Earth defend itself against a potential impact.
— European Space Agency (@esa) February 7, 2025
Our Near-Earth Object Coordination Centre monitors over 37 000 near-Earth asteroids. The vast majority are entirely safe, but occasionally… pic.twitter.com/1qvSEWs5nw
Outras observações serão realizadas nos próximos meses para determinar se ações de desvio ou mitigação serão necessárias. A ONU, juntamente com agências espaciais como a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA), está trabalhando para garantir que quaisquer ameaças potenciais sejam gerenciadas de forma eficaz.
O Protocolo de Segurança Planetária também inclui a ativação da Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN) e do Grupo Consultivo de Planejamento de Missão Espacial (SMPAG). Esses grupos têm a tarefa de monitorar a situação e desenvolver estratégias para mitigar qualquer impacto potencial, além de garantir uma resposta rápida e coordenada.




A importância do asteroide 2024 YR4
Detectado em 27 de dezembro de 2024 pelo telescópio ATLAS em Río Hurtado, Chile, este asteroide tem um diâmetro estimado entre 40 e 90 metros, o que o torna um objeto significativo em termos de defesa planetária. Embora seu tamanho não seja grande o suficiente para causar uma catástrofe global, seu impacto em uma área povoada pode causar danos consideráveis.
A trajetória atual do asteroide indica que ele passará perto da Terra várias vezes antes de 2032. No entanto, atualmente há uma chance de 2,3% de que sua órbita mude e ele acabe impactando o planeta. Essa probabilidade, embora baixa, é suficiente para que as autoridades tomem medidas preventivas e monitorem de perto sua trajetória.
#asteroid 2024 YR4 and 200 clones pass through the Earth-Moon system on Dec 22, 2032. Three of these clones hit Earth. Another hits the Moon. pic.twitter.com/f70rkmCVh6
— Tony Dunn (@tony873004) February 10, 2025
A ESA classificou o asteroide 2024 YR4 como nível 3 na escala de risco de impacto de Turim. Este nível indica um encontro próximo que merece a atenção dos astrônomos e do público. É importante lembrar que a probabilidade de um impacto de asteroide normalmente aumenta inicialmente, antes de cair rapidamente para zero após observações adicionais.
Desde sua descoberta, observações prioritárias de acompanhamento estão em andamento usando telescópios ao redor do mundo para melhorar nossa compreensão do tamanho e da trajetória do asteroide. A ESA e outras agências espaciais estão trabalhando juntas para garantir que quaisquer ameaças potenciais sejam gerenciadas de forma eficaz.
Escala de Turim e probabilidades
A escala de Turim é uma ferramenta usada para classificar o risco de impacto de objetos próximos à Terra. Essa escala varia de 0 a 10, onde 0 indica uma probabilidade insignificante de impacto e 10 representa uma colisão certa com consequências globais. O asteroide 2024 YR4 está atualmente classificado como nível 3, o que significa que merece atenção e monitoramento, mas não representa uma ameaça iminente.
Um nível 3 nessa escala indica que o asteroide tem uma probabilidade baixa, mas não desprezível, de impacto. Nesse caso, a probabilidade de impacto do 2024 YR4 é de 2,6% até dezembro de 2032. Embora essa probabilidade seja baixa, é suficiente para que as autoridades tomem medidas preventivas e monitorem de perto sua trajetória.

É importante entender que as probabilidades de impacto podem mudar ao longo do tempo à medida que mais observações são feitas. Inicialmente, pode aumentar à medida que mais dados são coletados, mas geralmente diminui à medida que a precisão da medição melhora. Isso ocorre porque as primeiras observações podem ter altas incertezas.
A ESA e outras agências espaciais estão usando telescópios cada vez mais potentes para fazer observações adicionais do asteroide 2024 YR4. Esses esforços visam melhorar nossa compreensão de sua trajetória e reduzir a incerteza nas previsões, além de garantir uma resposta rápida e coordenada caso a probabilidade de impacto aumente.
Monitoramento e ações futuras
A ESA e outras agências espaciais estão monitorando intensamente o asteroide 2024 YR4. Esse monitoramento inclui observações constantes para calcular com precisão sua trajetória e avaliar qualquer risco potencial de impacto. A coordenação internacional é fundamental para garantir que quaisquer ameaças potenciais sejam gerenciadas de forma eficaz.
O SMPAG se reunirá em Viena na próxima semana para determinar os próximos passos. Se a probabilidade de impacto de asteroide permanecer acima do limite de 1%, o SMPAG fornecerá recomendações à ONU e poderá começar a avaliar diferentes opções para uma resposta baseada em nave espacial ao risco potencial.
The 2024 YR4 asteroid is currently a 3 on the Torino scale (code yellow), an integer scale from 0 to 10 for categorizing the likelihood and consequences of a potential impact event:
— Space Weather Watch (@spacewxwatch) February 10, 2025
"A close encounter, meriting attention by astronomers. Current calculations give a 1% or greater… pic.twitter.com/JxcQ1yn8ZD
A IAWN também está coordenando observações globais, compartilhando informações em tempo real com todas as agências espaciais do mundo e desenvolvendo estratégias para mitigar quaisquer impactos potenciais.
Nos próximos meses, o asteroide começará a desaparecer da vista da Terra. Durante esse período, a ESA coordenará observações do asteroide com telescópios poderosos, como o Very Large Telescope, no Chile. Esses esforços visam coletar o máximo de dados possível e garantir que quaisquer ameaças potenciais sejam tratadas de forma eficaz.
📝 Fonte: MeteoRed
📸 Reprodução/Internet/Google
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