Arruda é condenado por improbidade administrativa em caso envolvendo Caixa de Pandora.
A 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal condenou o ex-governador do DF José Roberto Arruda a suspensão de direitos políticos por 12 anos. A sentença por improbidade administrativa é um desdobramento da operação Caixa de Pandora (veja detalhes abaixo). Cabe recurso da decisão.
O ex-governador foi condenado a pagar reparação de danos no valor de R$ 152,5 mil e uma multa civil em igual valor. Além disso, Arruda tem os direitos políticos suspensos por 12 anos e está proibido de contratar com o poder público.
Em nota, a defesa do ex-governador diz que as provas já foram declaradas ilícitas pela Justiça Eleitoral e que elas foram “recicladas para a condenação de Arruda por ato de improbidade”. O advogado de Arruda afirma ainda que entrará com recurso.
A decisão da última quinta-feira (24), assinada pelo juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni, diz respeito a contratos do governo do DF com a empresa Uni Repro Serviços Tecnológicos, também condenada na ação. O g1 tenta contato com a empresa. Outras três pessoas foram condenadas no mesmo processo.
De acordo com o magistrado, “o réu (ARRUDA), de acordo com as provas coletadas, tinha ciência absoluta da origem ilícita dos valores que recebeu, ou seja, sabia que era beneficiado com propinas oriundas de serviços de informática, em especial recursos originados dos contratos firmados com a UNI REPRO”.
‘Caixa de Pandora’
O escândalo que ficou conhecido como Caixa de Pandora, ou mensalão do DEM, envolvia a compra de apoio de deputados distritais na Câmara Legislativa do DF (CLDF) pelo governo José Roberto Arruda, em 2009.
Naquele ano, a TV Globo revelou imagens do ex-governador José Roberto Arruda recebendo uma sacola com R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa – que era secretário de Relações Institucionais do governo e, depois, se transformou no delator do esquema.
O vídeo foi gravado em 2006, e deu origem às investigações. À época, Arruda informou que o dinheiro era uma doação para a compra de panetones que seriam entregues para famílias carentes de Brasília.
O ex-governador chegou a apresentar quatro recibos, declarando o recebimento do dinheiro “para pequenas lembranças e nossa campanha de Natal”, de 2004 a 2007.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Arruda forjou e imprimiu os quatro documentos no mesmo dia, na residência oficial do GDF, em Águas Claras. Em seguida, os papéis foram rubricados por Durval Barbosa. A impressora foi apreendida pela Polícia Federal, em 2010, e uma perícia comprovou a fraude.
📝 Fonte: G1 DF
📸 Reprodução/Internet/Google
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